O uso de fake news para atacar a honra do empresário capixaba Fernando Aboudib Camargo e do prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, acabou virando processo judicial. A Juíza de Direito Maria Jovita Ferreira Reisen emitiu uma ordem judicial, no último dia 12 de agosto, determinando que um vídeo publicado pelo blogueiro Paulo Marcelo Paranhos Retto de Queiroz, no canal do site “Realidade Capixaba”, no Youtube, fosse retirado do ar.
O vídeo, intitulado “Podcast #19 – Vila Velha do Futuro”, foi considerado difamatório por se basear em informações falsas. Deste modo, a Justiça ordenou que o mesmo fosse removido do Youtube pela Google Brasil Internet Ltda e pelo próprio blogueiro, sob pena de uma multa diária de mil reais, com um limite inicial de R$ 50 mil.
DOS FATOS – O blogueiro Marcelo Paranhos tentou associar informações inverídicas e suposições infundadas para atentar contra a honra e a integridade moral do empresário e do prefeito, usando de conclusões equivocadas sem, no entanto, apresentar todas as informações necessárias.
No vídeo, Paranhos sustenta uma conclusão tendenciosa e induz o público a intuir que o empresário estaria participando de uma rede de favorecimento pessoal envolvendo o prefeito de Vila Velha. Por este motivo, também foi requerido à Justiça que o blogueiro faça uma retratação pública.
Os verdadeiros motivos por trás das ações de Paulo Marcelo Paranhos Retto de Queiroz ainda não são claros, mas especulações nos bastidores da imprensa sugerem que as denúncias contidas no vídeo possam estar ligadas a manobras políticas engendradas por agentes associados ao ex-prefeito Max Filho, como Rafael Gumiero e André Abreu de Almeida, ex-secretários da administração passada, que também participaram do podcast, que já saiu do ar.
A medida judicial demonstra, ainda, crescente atenção à desinformação e às suas consequências, em âmbito local. O combate a essas práticas está sendo priorizado para proteger a integridade das informações e a reputação das pessoas e instituições envolvidas.
TERRA DE NINGUÉM – A decisão da Juíza de Direito Maria Jovita Ferreira Reisen está alinhada ao entendimento do Ministro Alexandre de Moraes, relator do Inquérito das Fake News no Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes sustenta que postagens ofensivas na internet devem ser punidas com rigor, sem prejuízo à liberdade de expressão: “Quem acha que a internet é terra de ninguém está enganado”, afirma o magistrado.
No cenário atual, a disseminação de notícias falsas, conhecidas como “fake news”, tem se tornado um tema de extrema importância para órgãos de controle e para o sistema judiciário em todo o Brasil.
No Espírito Santo, esse problema não é diferente. Indivíduos que agem com interesses políticos têm se aproveitado das plataformas online, principalmente redes sociais, para difamar e caluniar autoridades públicas, causando danos à sua reputação, à sociedade e ao Estado de Direito, o que vem resultando em medidas judiciais cada vez mais frequentes.
Para combater os malefícios das fake news, é essencial promover a educação midiática, desenvolver habilidades de pensamento crítico, verificar fontes de informação, apoiar o jornalismo de qualidade e adotar políticas que responsabilizem os propagadores deliberados de desinformação.
Confira, abaixo, alguns dos principais malefícios das “fake news”:
– Desinformação: A disseminação de informações falsas leva à desinformação das pessoas. Isso pode levar a decisões erradas, opiniões distorcidas e ações inadequadas, pois as pessoas baseiam suas escolhas em informações incorretas.
– Prejuízo à credibilidade das fontes de informação: A propagação de fake news mina a confiança nas fontes de notícias legítimas e nos veículos de comunicação tradicionais, uma vez que fica mais difícil distinguir o que é verdadeiro do que é falso.
– Manipulação da opinião pública: Fake news podem ser usadas para manipular a opinião pública e influenciar o comportamento das pessoas. Isso pode ser explorado por grupos políticos, empresas e indivíduos com agendas específicas.
– Polarização e conflitos sociais: Notícias falsas frequentemente têm a capacidade de criar divisões e conflitos na sociedade. Elas podem agravar diferenças políticas, culturais e sociais, levando a uma polarização mais intensa e a confrontos entre grupos.
– Impacto na saúde pública: Na área da saúde, fake news podem disseminar informações errôneas sobre tratamentos, vacinas e doenças. Isso pode levar a decisões de saúde prejudiciais e contribuir para surtos de doenças evitáveis.
– Ameaça à democracia: Em um contexto político, fake news podem comprometer processos democráticos ao distorcer informações sobre candidatos, eleições e questões políticas. Isso prejudica a capacidade dos cidadãos de fazer escolhas informadas.
– Danos à reputação e privacidade: Indivíduos e empresas podem ser vítimas de notícias falsas que prejudicam suas reputações e privacidade. Isso pode levar a consequências econômicas e emocionais negativas.
– Criação de bolhas de informação: As fake news podem contribuir para a formação de bolhas de informação, onde as pessoas apenas são expostas a pontos de vista e informações que confirmam suas crenças existentes, limitando assim sua compreensão da realidade.
Esse cara gosta de aparecer tem que ser punido pra dar exemplo a outus imbecis