O vereador Fabiano Oliveira (PL), de Vila Velha, vem acumulando uma série de episódios preocupantes que colocam em xeque sua conduta ética, política e religiosa. Desta vez, ele confundiu “abuso de poder” com “fiscalização” e em decorrência disso, a Justiça o proibiu de entrar, de forma individual, em repartições públicas de Vila Velha, sob o pretexto de realizar ações fiscalizatórias. A decisão do juiz Délio José Rocha Sobrinho – da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual – impõe multa de R$ 20 mil em caso de descumprimento.
O processo judicial foi motivado pelas condutas invasivas, arbitrárias, desrespeitosas, radicais, extremistas e intolerantes do vereador Fabiano, que tenta demonstrar superioridade, intimidando e dando voz de prisão a servidores que se opõe à sua atitude arbitrária. Em 5 de maio, Fabiano entrou em uma escola de educação infantil da rede municipal sem qualquer autorização, invadiu salas de aula, vasculhou mochilas de crianças, manuseou equipamentos pedagógicos e ainda registrou vídeos, posteriormente divulgados em suas redes sociais, visando causar desgastes à gestão municipal. A direção da escola sequer estava presente nesse dia, o que agravou ainda mais a gravidade da situação.
Mas esse não foi um caso isolado. O vereador Fabiano Oliveira já havia causado transtornos em um centro de assistência social voltado para pessoas em situação de rua, no bairro Itapuã. Por isso, o juiz foi claro em sua decisão: “A fiscalização dos serviços públicos é atribuição da Câmara Municipal como órgão colegiado, e ações individuais como as praticadas por Fabiano ferem os princípios da legalidade e da separação dos poderes”.
Mas os abusos deste vereador, que quer se autopromover usando política rasteira como instrumento de ataque, não param por aí. Num movimento claramente eleitoreiro, Fabiano postou vídeos nas redes sociais defendendo invasores de terra que ocuparam ilegalmente áreas de preservação ambiental em Nova Ponta da Fruta. Mesmo após o Ministério Público determinar providências à Prefeitura de Vila Velha, e instaurar inquérito civil para apurar os danos causados pela ocupação irregular, o parlamentar se posicionou contra as medidas legais, incentivando a permanência dos quiosques construídos em áreas públicas e de proteção ambiental, demonstrando assim uma postura irresponsável e populista que afronta o Estado de Direito e as normas ambientais.
Além das atitudes questionáveis na esfera política, há ainda uma grave farsa no campo religioso. Em seu perfil oficial no site da Câmara de Vila Velha, o vereador Fabiano se apresenta como “pastor” ordenado e membro da Assembleia de Deus da Praia da Costa. No entanto, essa afirmação foi desmentida por órgãos oficiais da sua própria denominação religiosa. Fabiano nunca foi consagrado pastor e não é membro da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e nem da Convenção das Assembleias de Deus no Estado do Espírito Santo e Outros (CADEESO).
Ele também não possui registro em nenhuma entidade oficial da Assembleia de Deus, seja estadual ou nacional. Além disso, não é filiado às convenções reconhecidas, tais como CEADES, CEMADES, CONFRADEESTO ou CONFRATERES. Nunca cursou Teologia para exercer o Ministério Pastoral e sequer participa da programação regular da própria igreja que diz representar. Ou seja, o vereador Fabiano Oliveira, ex-presidiário que mente ao povo de Vila Velha ao se autodenominar “pastor”, segue tentando utilizando a manipulação eleitoral e a apropriação da fé alheia para fins políticos. Mas não convence ninguém.
A verdade está posta. Vila Velha precisa de representantes comprometidos com a verdade, com a lei e com a população., não de políticos que abusam do cargo, desrespeitam decisões judiciais, mentem sobre sua trajetória e agem com interesses pessoais camuflados de fé. Agora, cabe à população canela-verde decidir se quer continuar sendo enganada ou se está pronta para virar a página desse triste capítulo da velha política local.