Não é difícil encontrar declarações de orgulho de ser morador da cidade de Vila Velha nos tempos atuais. Seja pessoalmente, em conversas de família, nas atividades esportivas, nas resenhas de final de semana nos tradicionais encontros de amigos, ou até mesmo nas redes sociais. A constatação das pessoas é quase unânime, Vila Velha está diferente. Está moderna, ágil, com serviços de qualidade. A cidade está mais acolhedora, cheia de turistas e novos moradores.
Acessos a serviços essenciais como educação, saúde, assistência social, habitação estão cada vez mais garantidos e com qualidade, acima de tudo. A cidade agora é referência estadual e nacional em transparência pública, turismo e cultura, esporte, tecnologia e inovação, emprego, organização financeira e contábil. Tem levado cada vez mais a sério a rapidez em processos e atos oficiais, diminuindo tempo de resposta para quem escolhe a cidade para morar, visitar e investir.
Isso tudo em pouco tempo. Foram apenas mil dias de gestão, agora pensada e praticada de forma profissional, baseada em indicadores, com planejamento e organização, mas sem perder o principal foco: cuidar e transformar a vida das pessoas. Por isso, preparamos uma série de reportagens mostrando as principais realizações desses mil dias de gestão. Durante 30 dias vamos mostrar em reportagens, dados, imagens, depoimentos, análises como essa transformação começou, no dia 1º de janeiro de 2021 e segue até os dias atuais.
Seja bem-vindo a essa série: Vila Velha em 1000 dias, do planejamento à execução. Todo conteúdo preparado com fidelidade para que o leitor tenha o conhecimento de tudo o que foi feito nesse período de três anos e nove meses. Boa leitura!
Educação
Nosso especial começa com a educação. Pasta que recebeu o maior investimento de sua história nesses mil dias. Nesse período foram investidos pouco mais de R$ 600 milhões na reestruturação da educação canela-verde. Investimentos que fazem a cidade contar com o melhor Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (IDEB) da Grande Vitória, após passar anos tendo um dos piores índices do Espírito Santo.
Quando falamos em reestruturação vai desde a reforma e melhorias das 99 escolas herdadas no primeiro dia de gestão até a entrega de 14 novas escolas ao município, em apenas mil dias. Antes de esmiuçar esses e outros dados é importante lembrar que 2021 vivíamos o auge da pandemia da COVID-19. Escolas fechadas, alunos e famílias reclusas e um desafio: como levar um novo conceito de educação até os alunos? Como ampliar horizontes, instigar conhecimento e a vontade em aprender? Como envolver pais e família nesse processo? Foi nesse momento que o prefeito Arnaldinho Borgo reuniu equipe de educação, planejamento, comunicação, tecnologia e apresentou o Bolsa Aluno. Maior programa sócio educacional da história da cidade.
O prefeito lembra de como foi lançar e manter o programa, que até os dias atuais, remunera desempenho dos alunos mais assíduos nas aulas e nas atividades escolares. Era assim que o IDEB de Vila Velha passaria a alcançar novos patamares.
“Primeiro de tudo tínhamos que digitalizar a prefeitura e a educação da nossa cidade. Levar o conhecimento do professor até o aluno, em rápido espaço de tempo. Precisávamos conectá-los, desafiá-los e oferecer condições para isso. Então criamos ambiente virtual onde eles passaram a se encontrar, trocar experiências e conhecimento. Nossos alunos então tinham um ambiente onde recebiam conteúdo, realizavam tarefas e os professores, por outro lado, produziam conteúdo e interação mantendo a atenção de milhares de alunos retida. Quando o Bolsa Aluno aparece, com a promessa de premiar rendimento, temos uma mudança de chave. Os pais entenderam que os faltosos e desinteressados não receberiam a premiação e embarcaram juntos conosco. Teve professor que me relatou que nunca tinha corrigido tanta atividade, após o pagamento da primeira parcela. Os pais cobravam rendimento e passaram a participar do rendimento dos filhos”, lembrou o prefeito Arnaldinho Borgo.
De lá para cá foram investidos pouco mais de R$ 72 milhões no Bolsa Aluno, atendendo pouco mais de 55 mil alunos da rede municipal. Valor creditado em um cartão de débito e que só pode ser utilizado no comércio de Vila Velha. Outro detalhe importante, uma vez que a cidade e o comércio muito impactado pela pandemia e as restrições por ela imposta, àquela altura, reduziu drasticamente as vendas no comércio da cidade.
A dona de casa Marcela Ramos dos Reis Marques é mãe da Eloah de 4 anos, aluna da UMEI Maria Cristina, em Ilha dos Ayres. O Bolsa Aluno vem sempre em boa hora, segundo ela, mas, desta última vez, ajudou de maneira ainda mais especial.
“Toda ajuda é sempre bem-vinda e esta então veio num momento importante e delicado porque meu marido está doente. Aqui a gente usa o benefício sobretudo em alimentação. Com certeza, o auxílio incentiva até as crianças e as famílias a enviarem as crianças para escola e a ficarem de olho na frequência”, avaliou.
Rosilene Benedito é aluna da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na UMEF Deputado Mikeil Chequer, localizada em Boa Vista. Para ela, o Bolsa Aluno é não somente um estímulo para que possa dar continuidade aos estudos, como também faz a diferença na renda da família.
“Às vezes, no final do mês, a gente passa um aperto, e o auxílio chega sempre na hora certa. Consigo comprar uma verdura, frutas, arroz, feijão, leite… Aqui a gente usa mesmo para ajudar na alimentação do dia a dia, nada de luxo ou besteira”, disse.
Dona de uma loja de roupa infantil em Terra Vermelha, Claudia Carlos Alves Macedo consegue ver na prática – e no caixa do seu estabelecimento – os impactos positivos do Bolsa Aluno. Segundo a pequena empreendedora, o lucro do seu comércio chega a ficar de três a quatro vezes maior nos dias seguintes à liberação do auxílio.
“Nesta última mesmo, agora em setembro, eu falo que fui salva pelo Bolsa Aluno. Estávamos num período muito baixo de vendas e não sabia como ia pagar a minha funcionária nem o aluguel da loja. Então veio o benefício e eu conseguir dar um respiro. Ele aquece muito o movimento aqui do comércio do bairro e parece que a Prefeitura sabe os momentos de crise, quando não está tendo giro, e esse estímulo vem sempre na hora certo”, contou.
Daniela Oliveira é caixa de uma padaria localizada em Santa Mônica e consegue observar de perto como o benefício ajuda as famílias.
“No mesmo dia em que sai o Bolsa Aluno, a gente já sente os efeitos aqui com o aumento das vendas. Os pais vêm com os filhos e compram, normalmente, itens para reforçar as refeições ou dar uma caprichada no café da tarde ou no lanche, como um leite, pão, bolo, ou algum item mais emergencial que esteja faltando em casa, como açúcar, sal, detergente. Também é muito comum ver as famílias dando um agrado para as crianças, com um doce ou alguma guloseima especial que normalmente muitas não têm condições de comprar. É nítido como esse auxílio ajuda na renda das famílias e também no comércio. Aqui a gente estima um acréscimo de 30% no faturamento e ainda na função débito, ou seja, com um retorno imediato”, salientou.
Novas escolas
Para que o rendimento dos alunos continuasse em ritmo crescente toda a estrutura das escolas foi reformada ainda durante a pandemia. Para isso foram investidos R$ 82 milhões em adequações de estruturas que não contavam, por exemplo, com portas em banheiros, muros de proteção no entorno das unidades, substituição de redes elétricas arcaicas e ultrapassadas. Havia escola sem estrutura de central de gás, expondo alunos e profissionais.
Oito escolas passaram a contar com quadras poliesportivas com estrutura digna e segura para os alunos. Outras 12 unidades estão em processo de construção desses espaços. Ícone do que um dia foi o atraso e abandono da educação, a quadra da escola Zdmea Camargo, em Santos Dumont, que ficou 15 anos em construção foi entregue aos moradores do bairro.
Além disso, 14 escolas novas foram entregues aos moradores da cidade, garantido a cidade um salto na quantidade de matrículas na rede municipal, saindo de 47 mil e passando a contar com 55 mil alunos. Terra Vermelha, São Conrado, Araçás, Vale Encantado, Gaivotas, Santa Mônica, Divino Espírito Santo, Soteco, Alvorada, Alecrim, São Torquato, Santa Rita, Vila Garrido, Planalto passaram a contar com novas unidades de ensino.
Para o alívio de Grazielle Araújo Freitas, moradora de Riviera da Barra e mãe da Esther de 2 anos e do Cristian Gabriel de 7, que chegou a esperar anos por uma vaga para o filho mais velho.
“Fiz o cadastro quando ele completou um ano de idade, mas a vaga só surgiu quando ele já tinha mais de quatro anos. Era muito difícil conseguir matrícula para creche. Já com a minha filha mais nova, a realidade é outra. Fiz o cadastro e logo ela já foi chamada, com a inauguração da UMEI Diretora BelyCarlla Rodrigues Juniar, que fica próxima ao bairro onde moramos”, contou.
“Além dessa questão das vagas, a gente vê o salto na qualidade das escolas. Até mochila de rodinhas, que é o sonho de toda criança, a Prefeitura oportunizou para os alunos. Meu filho teve que estudar em escola particular e hoje eu falo que não chega nem aos pés da pública municipal. Só tenho a agradecer pelo ensino excelente, professores ótimos, todo acolhimento da equipe. E não posso deixar de mencionar o Bolsa Aluno, outra iniciativa que veio ajudar muito. Esse último foi liberado próximo ao Dia das Crianças e vai permitir que a gente consiga dar um presente para elas. Fora que muitas famílias precisam mesmo até para ajudar na alimentação. O prefeito está de parabéns”, completou Grazielle.
A modernidade do ensino, a capacidade de atendimento e a qualidade do conteúdo passaram a ser foco da Secretaria de Educação, segundo a secretária da pasta, Adriana Meireles. Professora e diretora escolar, Adriana acompanha de perto os investimentos.
“É uma enorme satisfação ver os resultados que temos alcançado a partir de um olhar atento para as necessidades dos nossos alunos e das famílias. Estamos empenhados em transformar o cenário educacional de nossa cidade, que cada dia se torna mais moderno, equipado, eficiente e inclusivo. São inúmeros investimentos em melhorias na infraestrutura das escolas, oferecendo aos nossos alunos mais conforto, segurança e um ambiente adequado ao processo de ensino-aprendizagem. Além disso, investimos continuamente na qualificação e valorização dos professores. Todas as conquistas na Educação canela-verde nos últimos mil dias enchem de orgulho, mas não paramos por aqui. Temos muito trabalho e muitos outros novos investimentos importantes pela frente”, salientou a gestora.
Merenda e segurança alimentar
Para cuidar da alimentação dos alunos, do Ensino Infantil à EJA – Educação de Jovens e Adultos, a Prefeitura de Vila Velha investiu R$ 77 milhões na merenda escolar. Cardápio criado com atenção e muito critério pela equipe especialista da Secretaria de Educação.
De acordo com a coordenadora da Alimentação Escolar, Silvania de Souza Silva, são ofertadas opções de merenda diferenciadas conforme cada modalidade de ensino (UMEI, UMEF, EJA, Educação Integral e projetos escolares) e turno (diurno – matutino, vespertino, integral – e noturno), considerando ainda o atendimento a necessidades alimentares especiais, como, por exemplo, alunos com doença celíaca, diabetes, fenilcetonúria, anemia, alergias e intolerâncias (ovo, lactose etc.), vegetarianos e outras restrições por motivos culturais ou religiosos.
“Atualmente, são elaborados 170 cardápios especiais para as UMEI’s e 136 para as UMEF’s. As refeições são sempre preparadas no turno de distribuição, garantindo assim a segurança de alimentos servidos frescos. O emprego da alimentação saudável e adequada contribui para o crescimento, desenvolvimento e aprendizagem dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica”, frisou a coordenadora.
Todo esse cuidado garante a segurança alimentar e nutricional dos estudantes, com acesso de forma igualitária, respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos alunos e também daqueles que se encontrem em vulnerabilidade social.
Além disso, a compra de alimentos para as refeições escolares em Vila Velha é feita por meio de licitação, na modalidade pregão eletrônico, e a aquisição dos gêneros da produção da agricultura familiar realizada por meio de chamada pública, o que assegura a transparência e ampla e justa concorrência dos processos.
No início da gestão, em 2021, de forma inédita, foram inseridos, na chamada pública, os agricultores da Região 5 (Grande Terra Vermelha), impulsionando a renda e a atividade produtiva. Enquanto em 2018, havia apenas nove cooperativas da agricultura familiar, hoje, já são 13 fornecedoras, um fomento ao trabalho do campo e um incentivo aos pequenos agricultores.
A advogada Mariane Amantino Csaszar decidiu, no ano passado, matricular as três filhas Maria Alice de 7 anos, Ana Luiza de 5 e Ester Sophia de 1 ano e 10 meses na rede pública municipal e se surpreendeu com a excelência da Educação de Vila Velha.
“Só tenho elogios. As escolas oferecem uma merenda gostosa, todas as minhas três filhas comem e até repetem. Isso sem falar da equipe pedagógica atenciosa, aulas lúdicas, criativas e de todo o profissionalismo. São inúmeros os pontos que merecem destaque. Os alunos ganharam uniforme completo, incluindo meias e tênis. Recebemos também todo o material didático, livros e ainda os kits de material escolar, e ainda tem o Bolsa Aluno. Para mim, o ensino público municipal está impecável. Estou muito satisfeita”, afirmou.
Educação em tempo integral
Em mil dias, a guinada na qualidade da Educação de Vila Velha, inclusive traduzida em números, realmente impressiona. É o caso da ampliação no quantitativo de unidades de ensino e de vagas em Tempo Integral: o município inaugurou seis escolas nessa modalidade, saltando de apenas quatro, em 2020, para as dez escolas hoje em funcionamento nos dois turnos. O resultado disso foi um aumento de quase 150% no número de alunos atendidos, saindo de 1.030 para 2.548 matrículas no Tempo Integral.
Essa modalidade de ensino se baseia em três pilares: formação acadêmica de excelência, formação para a vida e formação de competências para o século XXI. Com foco no estudante e no seu projeto de vida, além das disciplinas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as escolas promovem diariamente o acolhimento do aluno, além de oferecer atividades diferenciadas, como estudo orientado, aulas de protagonismo e disciplinas eletivas que potencializam a aprendizagem, oportunizando experiências contextualizadas ao estudante e considerando suas necessidades e interesses.
A proposta da Educação em Tempo Integral consiste em aumentar o tempo de permanência dos estudantes nos espaços escolares, ampliando assim as oportunidades de aprendizado e vivências visando à formação integral de crianças, adolescentes e jovens matriculados nas unidades de ensino de Vila Velha. Essa modalidade de ensino possui uma organização específica dos tempos e espaços das atividades, seguindo protocolo próprio.
As escolas de tempo integral possuem atualmente dois horários de funcionamento, a depender da idade dos alunos. Para a Educação Infantil, o turno é das 8 às 16h, e para o Ensino Fundamental, aulas são das 7h30 às 16h30.
Eliane Schmidel, coordenadora de logística, é mãe da Sofia de 15 anos, aluna da UMEF Reverendo Antônio da Silva Cosmo (Escola Parque), e aprova a ampliação da rede de Tempo Integral. Com uma rotina de trabalho exaustiva, passa o dia fora e fica mais tranquila com o fato de a filha passar o dia todo na escola.
“Saio de casa cinco da manhã e retorno nove da noite. Fico segura em saber que ela estará o dia todo na escola, ainda mais que a unidade de Tempo Integral funciona realmente como uma segunda família, onde os alunos e professores convivem boa parte do dia”, disse.
“Pelo convívio intenso e próximo, toda a equipe pedagógica conhece os alunos pelos nomes, sabe das suas dificuldades e potencialidades. É uma atenção e cuidado como se fosse mesmo uma grande família. Ela chegou tímida e hoje é muito mais desenvolta, participativa, interage com todos, justamente pela aproximação que o Tempo Integral proporciona”, contou ainda a mãe da Sofia.
Educação especial
A oferta de uma modalidade de ensino adaptado para promover a inclusão e o respeito à diversidade. Esse é o pilar da Educação Especial, que é hoje um dos pontos fortes da cidade de Vila Velha. São comuns os relatos de pais que migraram para a rede municipal por todo o acolhimento, cuidado e profissionalismo no atendimento ao público-alvo da Educação Especial, de modo a atender às necessidades de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
São 3.878 alunos que necessitam de ferramentas e/ou condições adaptadas conforme seus diagnósticos. Para atender a um número crescente de matrículas, o município conta com 661 professores de Educação Especial, sendo 254 com carga horária especial para ampliar o atendimento, e 393 cuidadores. Esses profissionais atuam no atendimento conforme demanda e necessidade de cada unidade escolar, nas áreas de Altas Habilidades, Intelectual e Múltiplas, Bilíngue, Linguagem de Sinais, Surdez, Orientação e Mobilidade, Visual.
O trabalho é realizado em conjunto com os demais profissionais das unidades escolares, garantindo assim o desenvolvimento efetivo de uma política pública de qualidade em uma perspectiva da educação inclusiva. Em conformidade com a Política Nacional de Educação Especial, é garantido ao estudante com deficiência, no turno e no contraturno de matrícula, o atendimento especializado por professor de Educação Especial.
Além disso, o município assegura também profissionais de apoio – cuidadores escolares – a alunos que apresentam dificuldades de locomoção, alimentação e higienização. Todas as unidades escolares da rede municipal prestam o atendimento da Educação Especial. Os prédios escolares mais novos possuem acessibilidade de banheiros, rampas, placas braille, calçadas, portas e corredores. Espaços mais antigos passam por alterações, no limite de suas condições físicas, para garantia de acessibilidade.
Wagner Felipe de Araújo Maciel é surdo e pai também do Sávio Felipe de 13 anos, aluno surdo da UMEF Professora Nice de Paula Agostini Sobrinho. Em Libras, ele comunicou a satisfação de ver as mudanças na Educação em como é agora em relação ao tempo em que era aluno.
“Quando eu estudava, não havia intérpretes na sala de aula. Eu estava sozinho, sem apoio nenhum. Hoje, meu filho tem a oportunidade de estudar com um professor tradutor intérprete, em uma escola-referência para matrículas de alunos surdos, de modo que ele se sinta incluído no ambiente educacional, com suporte ainda do professor bilíngue. Isso é muito importante para que os alunos não apenas reforcem o aprendizado da Libras, mas também reconheçam a sua identidade surda”, expressou.
Mônica Carminati é mãe do Cássio de 13 anos, aluno da UMEF Professor Rubens José Vervloet Gomes (Vila Olímpica) e diagnosticado com a síndrome de Tourette. Trata-se de um distúrbio do sistema nervoso caracterizado por “tiques” motores e sons vocais frequentes. Ela relatou sobre a evolução do filho na escola e como ele conseguiu melhorar em muitos aspectos.
“Ele era muito fechado e envergonhado, tinha dificuldades de interagir com outras pessoas. E melhorou nisso, ainda mais porque, além da Educação Especial, é uma escola de Tempo Integral, onde consegue conviver e se relacionar melhor com as pessoas. Isso ajuda também a tirar as crianças e jovens da frente das telas e aumentar o tempo de socialização com os colegas”, afirmou.
“Evoluiu muito também na alimentação porque era bastante seletivo, até pela condição dele. Tinha dificuldade de provar novos alimentos. E, fazendo a refeição com os amigos na escola, ele passou a aceitar melhor a alimentação”, completou ainda a mãe do Cássio.
Investimento em tecnologia
Em Vila Velha, a tecnologia é utilizada a serviço da educação e aprendizagem. Todas as unidades de Ensino Fundamental I e II da rede municipal já implementaram o ensino de computação. Desde 2021, foram mais de 13 milhões investidos na aquisição de novos computadores, equipando as escolas com aparelhos de última geração para proporcionar vivências e a aquisição de habilidades e conhecimentos de novas tecnologias.
Mais do que informática básica, a metodologia utilizada nas aulas visa ao ensino da computação de forma integral, contribuindo para a formação do pensamento científico, crítico e criativo e o desenvolvimento de competências no contexto da nova cultura digital. E não para por aí: de forma inovadora, a computação básica está sendo expandida, inclusive, para várias unidades de Educação Infantil (creches), onde, com o apoio das novas tecnologias, o aprendizado ganha uma abordagem lúdica e atrativa para os alunos.
Outro aspecto importante é os recursos tecnológicos auxiliam ainda na Educação Especial. Por meio de aplicativos e atividades lúdicas, tablets são utilizados para reforçar a aprendizagem dos alunos públicos-alvo da Educação Especial.