Apesar do setor de serviços liderar a geração de empregos no Espírito Santo, é de chamar a atenção o notável desempenho da construção civil. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2023, quase metade dos novos contratados na construção, com carteira assinada, atua em obras de infraestrutura (3.646 trabalhadores), enquanto os demais trabalham em edificações imobiliárias e serviços especializados.
O Sindicato da Indústria da Construção do Espírito Santo (Sinduscon-ES) destaca que este é o maior estoque de trabalhadores já registrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Segundo o órgão, a série histórica mostra que antes do estoque atual, de 65.095 empregos, o maior foi em julho de 2012, com 64.621 trabalhadores com carteira assinada atuando na área de construção civil no Espírito Santo.
Outro aspecto relevante é a diversidade de oportunidades de trabalho com relação à faixa etária e nível de escolaridade. O sindicato apontou que o setor teve muitas contratações de trabalhadores com idades variando de 18 a 65 anos, e que mais de 90% desses contratados têm ensino médio completo.
A criação de novos postos de trabalho a partir das obras do programa “Minha Casa, Minha Vida” também aumenta as expectativas do Sinduscon sobre o potencial da formação de mão de obra para impulsionar ainda mais o setor. “Se alguém quer um emprego com carteira assinada, é só procurar a construção civil”, assegura o presidente do sindicato, Douglas Vaz.
VILA VELHA SEGUE EM DESTAQUE NO SETOR
Vila Velha mantém um contingente de 5.035 trabalhadores no setor de construção civil, trabalhando entre obras de infraestrutura, empreendimentos imobiliários e serviços especializados. Em 2022, a cidade alcançou o maior custo do metro quadrado por área construída no Brasil, atingindo o valor inédito de R$ 7.173,00.
O 41º Censo Imobiliário do Sinduscon ratifica Vila Velha como centro do crescimento imobiliário no Estado. Apesar do aumento nos custos e taxas de juros, a perspectiva de crescimento nos próximos anos permanece, refletindo a confiança dos empresários e investidores no desenvolvimento canela-verde.
Devido à atual conjuntura, Vila Velha concentra mais de 50% dos empreendimentos imobiliários da Grande Vitória e segue como líder em investimentos no setor. As tendências incluem imóveis mais funcionais, adaptados ao home office, com foco na qualidade de vida, ventilação, lazer, academias, área para pets e vagas para carros elétricos. Os imóveis de alto padrão e luxo também têm espaço entre os principais lançamentos, mas há boa procura em todos os segmentos e a valorização dos imóveis segue em alta no mercado.
Além de atrair novas empresas, Vila Velha trai novos moradores, o que aumenta a demanda por imóveis residenciais e também comerciais. Os projetos das construtoras atendem a diversos perfis, do econômico ao luxo, focando sempre em sustentabilidade e conforto.
Já as áreas com maior atividade imobiliária são aquelas com terrenos disponíveis para expansão. Contudo, a presença de uma infraestrutura urbana sólida – incluindo ruas pavimentadas, sistemas de água e esgoto, e iluminação pública eficiente –, é crucial para atrair novos empreendimentos.
Regiões como Praia da Costa, Itapuã, Praia de Itaparica, Coqueiral de Itaparica, Parque das Gaivotas e Jóquei estão em franco desenvolvimento devido à proximidade com o mar, infraestrutura urbana adequada e acesso a um variado mix comercial e de serviços, atraindo grandes investimentos e condomínios residenciais.