Ele se autodenomina um “homem de Deus”, diz que é pastor e líder evangélico, e ostenta até uma carteirinha de instituição religiosa para dizer que tem cargo importante na igreja. Ele já disse, ainda, que era agente de segurança pública e, depois passou a dizer, também, que é jornalista profissional.
Mas a única verdade sobre o “líder evangélico” Wendell Emanuel Pereira Lopes é que, de fato, ele usa as redes sociais para fazer publicações caluniosas, injuriosas e difamatórias – sempre a título de “liberdade de imprensa” –, para atacar a honra e a moral de autoridades públicas, visando causar desgastes políticos, com objetivos nada cristãos.
Poucos sabem, no entanto, que este indivíduo também já usou distintivo falso para fingir ser policial e tentar extorquir um trabalhador ambulante, em Cariacica, e foi preso em flagrante dirigindo bêbado, em alta velocidade, portando ilegalmente arma de fogo, munição e colete balístico., mas não para ir à igreja…
Por esses atos criminosos, Wendell Lopes – que já chegou a atuar como servidor municipal e ocupou cargo comissionado em Vila Velha em gestões passadas, mas acabou sendo exonerado – foi desmascarado, desmoralizado, preso e autuado pela 2ª Delegacia Regional de Vila Velha, tendo sido devidamente recolhido ao Centro de Triagem de Viana, com foto publicada em destaque na imprensa.
Esse falso jornalista também foi indiciado pela Polícia Civil e cumpriu sentença judicial por denunciação caluniosa e falsa comunicação de crime, em janeiro de 2022, após mentir na justiça ao acusar autoridades de Vila Velha de mandarem disparar tiros contra a casa onde ele reside, no município. A mentira foi comprovada em perícia criminal realizada na residência de Wendell, onde a polícia comprovou oficialmente que o local, em momento algum, foi alvejado por qualquer disparo de arma de fogo.
Para continuar tentando atuar livremente como repórter e seguir disseminando mais fake news contra autoridades públicas, Wendell Lopes chegou a adquirir uma carteira de jornalista que até pouco tempo atrás era vendida na internet ao preço de R$ 300,00, por uma “entidade alternativa” chamada SINAJ.
O problema é que essa empresa (SINAJ) sequer é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e nem pela única entidade de classe representativa dos jornalistas profissionais do Brasil: a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que, por força de lei federal, é o único órgão com poder de emitir a documentação oficial de jornalistas, no território brasileiro.
Sem apresentar diploma de Bacharel em Jornalismo ou em Comunicação e Marketing, Wendell Lopes fere o Art. 47 da Lei de Contravenções Penais, pelo exercício ilegal da profissão. E as penas para crimes contra a honra, que ele já cometeu, podem variar de acordo com a tipificação. Para calúnia, a pena de detenção vai de seis meses a dois anos (e multa); para difamação, a detenção vai de três meses a um ano (e multa); e para injúria, a detenção é de um a seis meses (ou multa).
Postando notícias contendo elogios ou denúncias infundadas, de acordo com a conveniência – para tentar chantagear autoridades de Vila Velha, em troca de um emprego na Prefeitura ou na Câmara Municipal – Wendell Lopes também não logrou êxito. Depois de muito insistir, o falso jornalista conseguiu apenas um bico temporário no gabinete de um ex-vereador ligado ao então prefeito Max Filho, mas logo foi descartado.
Após longa carreira de delitos, não sobrou muito espaço no mercado de comunicação para farsantes como Wendell Lopes. Nem na área religiosa. Prova disso é que ele foi acusado como “falso pastor” pelos próprios veículos evangélicos de comunicação, a exemplo do que divulgou o site da emissora web Radio Ativa Gospel.
Na área política, as versões dadas a determinados fatos acabam sendo mais importantes do que os próprios fatos. Por isso, numa democracia, a publicação de notícias mentirosas (fake news) não é aceita como “liberdade de expressão”, mas como crime. Então, agora, todos já sabem quem é o grande criminoso por trás das denúncias e boatos publicados por meio de um link chamado erroneamente de jornal: “Jornal Grande Vitória”.