O ano de 2023 está prestes a se encerrar e no setor imobiliário capixaba o sentimento é de análise e projeções. A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi/ES) está oferecendo uma perspectiva pontual do que aconteceu em 2023 e o que se pode esperar para 2024.
Análise de 2023
Para Eduardo Fontes, presidente da Ademi/ES, o ano foi bastante positivo, superando expectativas mesmo diante das previsões menos otimistas. “Foi o 3º melhor ano da série histórica do mercado imobiliário em termos de vendas e crédito”, ressalta.
Mesmo após o período difícil vivenciado durante a pandemia, o mercado continua aquecido. Alexandre Schubert, vice-presidente da associação, observa que o recuo natural após o boom pós-pandêmico já era esperado. Contudo, acredita-se que, com a redução das taxas de juros e a melhoria do crédito, o setor tende a acelerar seu crescimento, possivelmente ultrapassando o desempenho de 2023.
Comparação com anos anteriores
Embora os números finais do Espírito Santo ainda não tenham sido consolidados, a comparação nacional entre o terceiro trimestre de 2023 e o mesmo período, em 2019, é clara. O aumento de lançamentos foi de 24,4%, enquanto as vendas cresceram impressionantes 48,7% em relação a 2019.
Schubert destaca que, apesar de menos lançamentos do que em 2022, as vendas continuaram superando as unidades disponíveis. Isso resultou em uma redução do estoque e até mesmo em aumento nos preços, especialmente nos lançamentos de alto padrão.
Inovação e perspectivas para 2024
Já a introdução de tecnologias de “casas inteligentes” ainda é uma tendência em evolução no Espírito Santo. As construtoras estão iniciando entregas de empreendimentos com áreas de lazer modernas e equipamentos voltados para a economia de energia.
Com olhos postos em 2024, a expectativa do setor imobiliário é de um ano superior a 2023. Com a perspectiva de juros mais baixos e inflação mais controlada, espera-se um aumento tanto nos lançamentos quanto nas vendas em todos os segmentos do mercado, abrangendo desde as unidades econômicas até as de alto padrão.
Impacto tecnológico na relação com o cliente
Os consumidores estão cada vez mais ligados às inovações tecnológicas, e as construtoras têm se adaptado. Entre as novidades, destacam-se vagas de garagem com carregadores elétricos, espaços de trabalho remoto compartilhados e até mesmo painéis solares para economia de energia, presentes em novos empreendimentos.
Empregabilidade e segmentos atrativos
Olhando para o futuro, o segmento econômico continuará a ser priorizado, com cerca de 60% das unidades projetadas para os próximos anos. Isso se deve ao déficit habitacional do país, especialmente visível nas habitações econômicas.
A expectativa para 2024 é de um mercado imobiliário robusto, impulsionado por fatores econômicos favoráveis e pela busca contínua por inovação e qualidade no setor.